terça-feira, 15 de setembro de 2009

Segredo de confissão


Por: Lorrayne Soares

A prova ética do sigilo é a experiência de confissão que os sacerdotes praticam nos fiéis. São inconfidências que de maneira alguma podem ser reveladas, pois o único além do padre a saber, é Deus, isso na visão dos católicos, que de acordo com as leis da Igreja devem se confessar pelo menos uma vez por ano.
Todos que se confessam se apóiam na confiança diante de quem ouve, porque a fé é maior que o medo de seus pecados se tornarem comum. Daí vem o profissionalismo do "abençoado" que escuta, julga e puni. O grande desafio é guardar segredo em situações graves. Um exemplo é de um padre francês que responde na justiça por não apontar o nome nem as malfeitorias de um assassino que se confessou com ele. Este sacerdote, pareceu estar em uma encruzilhada. De um lado está o seu papel de cidadão em denunciar as injustiças. E do outro, o seu papel de cristão, em que corre o risco de ser excomungado.
O interessante é que se um funcionário da Igreja rouba objetos dela e confessa ao padre, ele não pode ser demitido... a regra é pra todos...
Este sigilo sacramental há de ser visto como segredo profissional, sendo mais rigoroso do que o de médicos, advogados, psicólogos. A ética, moral está em qualquer ser humano, em qualquer cultura, agora basta saber utiliza-lá para o bem, mesmo que percorra caminhos diferentes.


Fonte: América Latina em movimiento.