Ela é uma das profissões mais antigas do mundo, tendo como dever, prevenir e reprimir a criminalidade e cuidar da segurança pública. Porém a visão da população é diferente. Para muitos, a polícia protege os ricos e desconsidera os pobres, e ao invés de tê-la como aliada, a teme.
No Estatuto da Polícia Militar, entre todos os conceitos éticos da profissão, destaca-se:
• amar a verdade e a responsabilidade como fundamentos da dignidade pessoal;
• cumprir e fazer cumprir as leis, os regulamentos, as instruções e as ordens das autoridades competentes;
• abster-se de fazer uso do posto de graduação para obter facilidades pessoais de qualquer natureza ou para encaminhar negócios particulares ou de terceiros.
Dessa forma a missão dos agentes policiais consiste na garantia da ordem pública e do livre exercício dos direitos do cidadão. E para que suas atividades sejam executadas, os agentes se sentem no direito de usarem a força bruta e em alguns casos, as armas. A falta de observação dos limites e o desvio da missão desses agentes leva aos abusos de autoridade.
Em um final de semana deste ano, um estudante de 18 anos foi morto em frente a uma boate no Rio de Janeiro. O tiro que atingiu a axila do rapaz foi disparado por um PM. E em janeiro, policiais militares de Pernambuco foram acusados de espancar até a morte um adolescente de 13 anos. Ele teria sido confundido com outro jovem que se envolveu em uma briga.
Esses foram apenas alguns de inúmeros casos cada vez mais ocorrentes aqui no Brasil. E a ética policial permanece apenas na imaginação. O que deveria ser uma profissão na qual nos apoiássemos e confiássemos, o contrário é mais verdadeiro, a polícia se distancia de nós, a população, e aproxima mais e mais da impunidade e da imoralidade.