quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Ética policial: pra quem ela existe?

Por: Juliane Guimarães

Ela é uma das profissões mais antigas do mundo, tendo como dever, prevenir e reprimir a criminalidade e cuidar da segurança pública. Porém a visão da população é diferente. Para muitos, a polícia protege os ricos e desconsidera os pobres, e ao invés de tê-la como aliada, a teme.
No Estatuto da Polícia Militar, entre todos os conceitos éticos da profissão, destaca-se:

• amar a verdade e a responsabilidade como fundamentos da dignidade pessoal;
• cumprir e fazer cumprir as leis, os regulamentos, as instruções e as ordens das autoridades competentes;
• abster-se de fazer uso do posto de graduação para obter facilidades pessoais de qualquer natureza ou para encaminhar negócios particulares ou de terceiros.

Dessa forma a missão dos agentes policiais consiste na garantia da ordem pública e do livre exercício dos direitos do cidadão. E para que suas atividades sejam executadas, os agentes se sentem no direito de usarem a força bruta e em alguns casos, as armas. A falta de observação dos limites e o desvio da missão desses agentes leva aos abusos de autoridade.

Em um final de semana deste ano, um estudante de 18 anos foi morto em frente a uma boate no Rio de Janeiro. O tiro que atingiu a axila do rapaz foi disparado por um PM. E em janeiro, policiais militares de Pernambuco foram acusados de espancar até a morte um adolescente de 13 anos. Ele teria sido confundido com outro jovem que se envolveu em uma briga.
Esses foram apenas alguns de inúmeros casos cada vez mais ocorrentes aqui no Brasil. E a ética policial permanece apenas na imaginação. O que deveria ser uma profissão na qual nos apoiássemos e confiássemos, o contrário é mais verdadeiro, a polícia se distancia de nós, a população, e aproxima mais e mais da impunidade e da imoralidade.

Ética dos Jornalistas

Por: Joseanne Bertolino de Oliveira

A expressão ética profissional já por si, sugere a relação dos temas ética e profissão.
Jornalistas concorrentes se reúnem em certo restaurante, entre as longas conversas comentavam sobre as corrupções e os desmandos praticados por certos políticos, notas frias, superfaturamentos, etc.
Ao fim do almoço dividiram as contas em partes iguais e ao pedirem as notas fiscais dois dos repórteres presentes pediram suas notas com o valor acima do pago, o que não foi motivo de discussão entre os amigos.
Esse episódio que ocorre na maioria das profissões e que é bastante comum para muitos jornalistas se “justifica“ por reclamações de baixos salários. Se não a achassem eticamente correta não a cometeriam.
A questão é, se esses profissionais, principalmente da área de comunicação, têm alguma credibilidade para falar de outras pessoas que agem da mesma forma que os próprios?
Esse comportamento condiz com o que eles tanto criticavam no restaurante e acusavam em suas matérias?
Tendo visto que isso é uma situação rotineira de profissionais da área que se dizem mal pagos e se acham no direito de usufruir dessa condição.
A mesma situação que eles consideram antiética em outras pessoas, praticam como se a justificativa fosse plausível e sem querer serem comparados aos tais corruptos que eles tanto criticam e julgam, pode ser que a desculpa dos acusados sejam as mesmas dos acusadores, como eles se sentiriam diante disso?