quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Mídias Interativas, Opinião e Limite Ético



Por João Feliciano


Nos últimos anos, os meios de comunicação passaram por reformulações e inovações técnicas e sociais que transformaram seu cenário. A interatividade, filha de tal evolução, nascida com a globalização, passa a se inserir nas mídias oferecidas caracterizando uma nova era com um diferencial jamais visto em qualquer parte da história das comunicações. Maior conectividade e relação entre as pessoas através dos canais de informação e entretenimento como TV, rádio e principalmente internet.

A internet compreendida nesse novo contexto de interação teve a capacidade de fazer surgir redes de relacionamento inimagináveis em outra época, como Orkut e adjacentes, esses por sua vez ganham espaço e consequentemente se tornam caminhos a serem usados para se expressar, informar e interagir. Um exemplo dessa propriedade seria a possibilidade de se criar um perfil (real ou fake) e visitar outros deixando mensagens e depoimentos, olhando fotos e até copiá-las, ou mesmo criar comunidades de qualquer fundamento a fim de: encontrar pessoas com ideias compatíveis, organizar movimentos, opinar sobre questões do meio, divulgar produtos e serviços, pessoas e eventos, ideais e valores e etc., ou seja, liberdade de expressão e informação.

Mas o que fazer com tal liberdade? Questiono isso partindo do pressuposto de que, ao se expressar o indivíduo pode ferir a ética de outro, direta ou indiretamente, então até onde podemos ir “botando nossas concepções à mesa” sem que isso seja lícito? Até que ponto podemos “vasculhar” perfis (profiles) sem interferir o espaço do outro? Temos às mãos uma arma extremamente forte, o que não devemos é usá-la de forma imoral. Ética é aplicável e terminantemente necessária em qualquer lugar, meio físico ou virtual, e em qualquer aspecto.